Como prometi continuo procurando informações acerca do primeiro Papa latino-americano Francisco I e seu envolvimento com a Ditadura Argentina. Assim que assumiu o trono de Pedro surgiram alegações de que quando Bergoglio foi Bispo de Buenos Aires não teria se posicionado contra a ditadura argentina. Para piorar, alguns livros alegam que ele teria sido cúmplice dos militares ao denunciar como subversivos sacerdotes que tinham atuação social.
Recentemente o Papa Francisco ganhou um defensor de peso: o ativista argentino de direitos humanos Adolfo Pérez Esquivel, 81 anos, que recebeu em 1980 o prêmio Nobel da Paz, disse ontem à BBC que o cardeal Jorge Mario Bergoglio,não teve vínculos com a ditadura militar que esteve no poder no país entre 1976 e 1983.
É de conhecimento de todos que o clero argentino foi muito mais conivente com a ditadura do que os clérigos brasileiros. Aliás, recentemente publiquei uma matéria neste blog onde evidencio os esforços do cardeal dom Paulo Evaristo Arns na tentativa de influenciar o papa Paulo VI e a Cúria no Vaticano para que a Igreja fizesse críticas aos regimes militares sul-americanos nos anos 1970.
Pelo visto, as investigações acerca da participação do Papa ainda terão novos capítulos.
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