quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Após greve geral, Argentina eleva valor do salário mínimo em 31%

O governo da Argentina aumentou o salário mínimo em 31% em duas fases, segundo anúncio da presidente Cristina Kirchner nesta terça-feira (2). O reajuste ocorre após greves gerais realizadas no país no fim de agosto e quando a situação econômica da Argentina se torna mais difícil com inflação alta e o calote parcial em credores da dívida.

O salário passa a valer 4.400 pesos a partir de 1º de setembro e fica com este valor até o fim do ano. A partir de janeiro do ano que vem, o mínimo passa a 4.716 pesos, completando o reajuste.
No ano passado, a alta do salário mínimo foi de 25%, segundo a agência EFE.
A Argentina enfrenta uma uma das taxas de inflação mais elevadas do mundo influenciada pelos altos gastos do governo em programas de assistência social, a impressão de dinheiro novo e uma moeda “doente”. Em janeiro, o governo foi obrigado a desvalorizar o peso.
De acordo com o jornal argentino "Clarín", os preços regulados pelo governo tiveram alta anual de 54,1% até julho, segundo a Direção de Estatísticas argentina. O dólar oficial subiu quase 50% nos últimos 12 meses, de acordo com o BC local, citado pelo jornal.
Na última semana de agosto, houve greve nacional na Argentina exigindo melhorias salariais, num momento em que a economia está em declínio. A inflação foi uma daz razões: os sindicatos dizem que a inflação anual é superior a 30% e prejudica os trabalhadores.


O país deu calote parcial nos credores que aceitaram renegociar a dívida do país, após o pagamento ter sido bloqueado pela Justiça norte-americana. Fundos que têm títulos da dívida do país e não aceitaram a negociação entraram na Justiça exigindo o pagamento integral e conseguiram vitória judicial, apesar de a Argentina não ter feito pagamentos.

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