sábado, 16 de fevereiro de 2013

Símbolos do capitalismo norte-americano nas mãos de brasileiros

Na minha adolescência eu atormentava meus amigos com jargões como: "Vamos tomar Guaraná Antártica ao invés de Coca-cola, ela é nacional!". E essa batalha era travada no supermercado com minha avó, com vizinhos e etc. Sempre sugeria: Arisco, Brahma, Antártica, Ypê, Skol, Hering, Tramontina, Sadia, Perdigão, Garoto etc...

Quando ocorreu a fusão das três grandes cervejarias brasileiras formando Ambev eu vibrei: "Finalmente uma grande multinacional brasileira de respeito!". Pouco tempo depois ela foi vendida para o capital Belga. Foi o golpe de misericórdia nessa minha chatice nacionalista. Assim como a Garoto, Arisco, Granado, Phebo, empresas tradicionais brasileiras ficavam nas mãos de estrangeiros. 

Atualmente, pesquisando sobre a Granado (Pharmácias Granado) e da Phebo me dei conta de como é ilusório manter esse tipo de expectativa. Empresas fundadas originalmente no século XIX e início do XX, que carregam BRASIL escrito bem grande em seus produtos nas mãos de capital inglês. Apesar da melancolia, me deparei com a seguinte notícia: Grupo 3G compra HEINZ, aquele tradicional Ketchup e uma linha imensa de temperos. Além disso, esse mesmo grupo comprou a Burguer King (na minha opinião o melhor fast food americano) e aumentou o lucro da franquia em quase 100%.

Mirian Leitão em sua coluna semanal do jornal O Globo ainda informa que o grupo Brasileiro 3G controla o AB Inbev juntamente com 300 famílias belgas. O capitalismo é realmente engraçado.

Queira ou não, apesar de tudo estar caminhando para a realidade de Cyberpunk 2020, onde poucos conglomerados controlam todas as multinacionais do mundo essa notícia lavou minha alma. 

Jornais americanos chamam a 3G de Brazil Tycoon. Apesar do nome, e apesar do grupo manter um escritório no Rio de Janeiro a sede é Nova Iorque. Nacionalismo é uma bobagem, o que move o mundo, única e exclusivamente é o lucro!

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