sexta-feira, 16 de junho de 2017

Positivo é a décima maior fabricante de desktops do mundo


Com vendas de 1,389 milhão de computadores no último ano, a Positivo Informática assumiu o décimo lugar no ranking mundial de fabricantes de desktops em 2007, segundo a consultoria IDC. A companhia faturou 2,092 bilhões de reais no último ano (um salto de 54,3%) e registrou lucro líquido de 254,2 milhões de reais, um aumento de 66,3% em relação a 2006.

A empresa foi a primeira a ultrapassar vendas de 1 milhão de desktops no País, superando multinacionais como HP, Lenovo e Dell. Ao todo, a companhia vendeu 1,149 milhão de computadores de mesa, um crescimento de 45,7% ano-a-ano - acima da média do mercado brasileiro, que foi de 38%.

Na área de notebooks, o crescimento também foi expressivo. As vendas saltaram de 45,6 mil unidades em 2006 para 239,3 mil em 2007, um crescimento porcentual de 439,3%, suficiente para dar à fabricante nacional - que já era líder em desktops - a liderança na venda de equipamentos portáteis no Brasil.

Apesar do expressivo volume de vendas e do importante posicionamento no ranking global de fornecedores, a possibilidade de expandir os negócios no exterior ainda é uma alternativa que está sendo estudada pela empresa. “O principal motivo é que o Brasil ainda está crescendo muito”, explica Hélio Rotenberg, presidente da companhia.

Para Reinaldo Sakis, analista de mercado da IDC Brasil, a empresa teria fôlego para explorar o mercado latino-americano de computadores, aproveitando as vantagens de acordos regionais, como o Mercosul. “Pelo tamanho, eles já teriam condições”, avalia o analista.

Mas, segundo o presidente da companhia, o foco para o crescimento em 2008 são os mercados corporativo (onde a participação da empresa é de apenas 0,9%) e o próprio varejo, que permitiu a ascensão da marca ao posto de líder de mercado e ainda representa 83% dos negócios da empresa.

“A classe C é o grande motor de crescimento do mercado de PCs”, justifica Rotenberg. A companhia também aposta no aumento de vendas de notebooks para os compradores do segundo computador e em novos modelos de negócio.

“O Compra Certa, da Brastemp, é um modelo muito interessante”, indica o presidente, referindo-se ao programa de venda de porta-em-porta da fabricante de eletrodomésticos. Diante da progressiva redução do mercado cinza no País, a empresa também quer se posicionar como fornecedora de equipamentos legais a preços competitivos para pequenas revendas de informática.

Segundo o executivo, o mercado de varejo deve crescer em média 25,5% ao ano até 2012 (projeção da IDC Brasil), representando um importante filão para os fornecedores de PCs. 

A aposta da companhia no varejo em 2004 - quando ele estava “desacreditado”, nas palavras de Rotenberg - foi justamente o que lhe rendeu a atual liderança de mercado. “Nós começamos essa brincadeira”, assume o presidente.

O mercado corporativo representa hoje 3,1% da receita da companhia, enquanto o governo equivale a 13,5%. 

As recém-iniciadas operações em TV digital - a empresa lançou dois modelos de set-top box no final de 2007 - ainda não decolaram. “A TV digital ainda não aconteceu”, diz Rotenberg. Para o executivo, faltou divulgação por parte das emissoras e apoio por parte do governo. Ele acredita que com a estréia da TV digital em outras capitais, as vendas podem ganhar novo impulso. 

O mercado brasileiro de PCs registrou vendas totais de 10,7 milhões de unidades em 2007, ocupando o quinto lugar no ranking mundial de vendas de computadores, segundo dados da IDC.

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