quinta-feira, 7 de março de 2013

Exportações brasileiras para "ex" companheiro Chavez

Camaradas, caríssimos:

Todos nós sabemos que Hugo Chávez foi um dos grandes desafetos do governo norte-americano.  O presidente de esquerda, que propunha um novo socialismo, promoveu uma grande onda de nacionalizações que afastou investidores internacionais e arquitetou políticas sociais que melhoraram os níves sociais do país a um dos melhores patamares da região. O país é um dos maiores produtores mundiais de petróleo e se afastou comercialmente de Colômbia e EUA.


De uma relação comercial praticamente inexistente no final dos anos 90, a era Hugo Chávez termina com o Brasil na posição de terceiro maior fornecedor da Venezuela, atrás dos EUA e da China.
De 1999, quando Chávez assumiu o poder, a 2012, pasmem, as exportações brasileiras ao vizinho dispararam 843%, para US$ 5 bilhões -mais que o dobro da alta média dos embarques, de 405%.
A relação levou o Brasil a financiar projetos na Venezuela, levando empreiteiras brasileiras ao vizinho e estimulando novos embarques.

A alta das exportações também está ligada ao crescimento da Venezuela, influenciado pela forte alta do preço do petróleo. Em 14 anos, o PIB do país cresceu a uma taxa real de 10% ao ano.
"Com a economia maior e a perda de dinamismo da indústria, o país demandou mais de fora", diz o professor da Escola de Economia da FGV Clemens Nunes.

Com um perfil raro na balança brasileira, os produtos industrializados respondem pela metade das exportações à Venezuela. Não só isso, o país é relevante para o comércio brasileiro: é o décimo principal destino e, em janeiro deste ano, foi o segundo maior superavit do Brasil.

FUTURO INCERTO:

A morte de Chávez levanta dúvidas sobre a manutenção do alto nível das exportações.
Em caso de vitória da oposição nas eleições, a tendência é que o país se reaproxime dos EUA e da Colômbia.
E essa retomada das relações podem resultar e perda de mercado para o Brasil. A vitória da situação, portanto, seria mais favorável para o país sob esse ponto de vista.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), as vendas à Venezuela cairiam neste ano mesmo sem a morte de Chávez.
A desvalorização do bolívar em mais de 30%, em fevereiro, encareceu as importações na Venezuela. "As exportações brasileiras para lá estão paralisadas, com exceção das autorizadas pelo governo no câmbio oficial", diz.
A taxa de câmbio oficial do dólar é de 6,3 bolívares. Empresas que querem importar sem autorização oficial usam o câmbio paralelo, com uma taxa próxima a 20 bolívares.

Essa relação certamente é benéfica para o capitalismo brasileiro, mas e para a Venezuela?

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